Por que você não encontra cervejas em garrafas de plástico?

Cervejas em garrafas de plástico

O plástico é barato, altamente reciclável e pode ser moldado em diversos formatos. Então porque não encontramos cervejas em garrafas de plástico?

O maior problema

O vidro é praticamente impermeável, porém, o plástico é muito mais poroso.

Isso significa que a cerveja envasada por plástico perde o gás rapidamente. Além deste problema os elementos químicos do material podem se misturar com a bebida de maneira potencial, estragando-a.

O PET (politereftalato de etileno), por exemplo, expele uma toxina denominada antinomia, que em temperatura ambiente é liberada numa quantidade considerada segura pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA.

O problema é que em climas mais quentes – como em Ribeirão Preto durante o verão – tal toxina excede o limite recomendável.

Utilização em festivais

Você sabia que apesar dos aspectos negativos em comparação ao vidro, as garrafas plásticas são geralmente utilizadas no Reino Unido para festivais cervejeiros?

Em eventos grandes, é praticamente um costume, além de trazer mais segurança para os participantes embriagados.

Durante os Jogos Olímpicos de 2012, a Heineken – preocupada com questões ambientes e sustentáveis – abasteceu toda Londres com mais de 1 milhão de garrafas plásticas exclusivas.

Sendo assim, o vidro segue como o material preferido e mais utilizado para engarrafar cerveja, devido as suas propriedades neutras que garantem o sabor puro do produto envasado sem que ocorra interações químicas.


Atualização: Perguntaram para nós se os petainers – que são feitos de plástico – utilizados no transporte da cerveja interferem no sabor final da mesma. O Mestre Cervejeiro da Karavelle, Patrick Bannwart, retirou essa dúvida:

“Nos petainers existe uma camada a mais na composição do pet, composta por um tipo de nylon que elimina a porosidade, evitando assim a perda do CO2 do produto.

Quanto a questão da alta temperatura, não vejo como problemas pois tanto o pet quanto petainer são soprados a altas temperaturas e não podem liberar nenhuma toxina a qualquer temperatura.

Como exemplo as águas e refrigerantes que são transportados em caminhões com lona que atingem facilmente os 60°C e não sofrem alterações ou liberação de gases.”